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Montanhas do Paraná e do Brasil

Montanhas do Paraná e do Brasil

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Catalogando montanhas - Itapiroca


Pico Itapiroca - vista do Getúlio
O Pico Itapiroca, é a quinta montanha em altitude desta região. Sua aproximação se dá pelo mesmo caminho de acesso ao Pico Paraná. A caixa do cume está localizada no primeiro cume no pé da trilha. O cume verdadeiro fica logo a seguida onde é possível avistar outras montanhas.
Como Chegar: Pela 116 sentido Registro – SP, quando passar pelo posto Tio Doca, existe duas pontes antes da represa Capivari, antes de passar dessa segunda ponta entre a direita numa estada que está levemente asfaltada com antipó. O resto do caminho é de estrada de chão até a Fazenda do Pico do Paraná. (consulte no site os horários e preços de entrada) clique aqui.


A Trilha: A caminhada se inicia pela fazenda, é preciso fazer um cadastro e pagar uma taxa, no começo a caminhada é bem puxada, é bem importante não pegar pesado para não ter problemas posteriores. O caminho é o mesmo para o Pico do Paraná. Uma boa parada para lanche é no Getúlio onde se é possível avistar a represa e algumas montanhas, uma delas é o Itapiroca que fica bem à direita. Ao chegar na bifurcação do Pico do Paraná e Carutuva, segue sentido Pico do Panará. Um bom ponto de água é na bica, pegue água no que for preciso. Continue até a bifurcação do Itapiroca e depois é só seguir montanha a cima, um bom ponto de acampamento fica na primeira montanha, conhecida como Jardim, para chegar até o cume continue na trilha da montanha, no primeiro cume tem a caixinha e o segundo cume se pode avistar outras montanhas.

Informações gerais: Traga seu lixo de volta. Ponto de água é na bica, se esquecer, tem um próximo a entrada da trilha que leva até o cume, mas não recomendo, água não e tão boa assim. É uma montanha de muitas clareiras para acampar, evite fazer novas clareiras. Existe trecho de mata levemente fechada, recomenda-se usar roupas compridas para evitar arranhões. Dois trechos onde é preciso “escalaminhar”, não é possível acampar no cume.

Tempo total de trilha: 3 hrs de ataque ou 4 hrs com mochilas cargueiras


Dificuldade: Moderada

Possibilidade de se perder:
Média (trilha bem batida, porém no cume ao voltar para a barraca é possível pegar trechos errados.)

Altitude:
1805 metros

Visual no cume:
Pico do Paraná, Tucum, Camapuã, Cerro Verde, Caratuva, é possível ver a estrada da Graciosa, Curitiba e baia de Antonina/Paranaguá.


Tucum e Camapuã

Ciririca




Caratuva

Pico do Paraná

Baia de Antônia/Paranaguá

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Um dia perfeito para subir montanha - Caratuva

Caratuva é umas das montanhas mais brilhantes que conheço. O acesso é por uma trilha elevada e sem obstáculos exceto pela as raízes, que tornam sua subida muito difícil e penosa, principalmente com mochilas cargueiras nas costas.
A previsão do tempo mostrava um final de semana com muito sol e sem chuva no final da tarde, mas não iria imaginar que contemplaríamos o sol se pondo e nascendo na manhã seguinte, tão lindamente!
Minha Pequena e eu saímos um pouco tarde de casa, bem próximo no horário de almoço. Chegamos na fazenda já era umas 11h00min da manha. Percebi que as montanhas próximas estariam cheias. Nosso destino era certo: Caratuva. O meu maior medo era de não encontrar lugar na montanha para acampar. Caratuva tem boas clareiras, mas qualquer dúzia de pessoas já pode lotar. Começamos a subir com calma, encontramos muitas pessoas na trilha, tanto os que voltavam quanto os que estavam indo. Um grupo de jovem passou por nós sentido mesma montanha que iriamos, o grupo estava levando equipamento para filmagem e estavam com material bem pesado. Paramos na primeira janela que avista a represa, fizemos um lanche reforçado e continuamos nossa caminhada, com poucas paradas e em passos lentos chegamos ao Getúlio, porém, tinha muita gente lá. Continuamos sem parar até a bifurcação e paramos para pegar água para levar até a montanha, seriam 4 kg a mais na minha mochila.
A subida para o Caratuva é bem pesada, a única vantagem são os obstáculos fáceis, o que ajuda muito. Continuamos e só parávamos para tomar um fôlego. Depois de 4 horas de caminhada chegamos ao cume da montanha, sem vento e nada de frio acampamos de vista para o PP, aonde se via o pessoal acampando no A1 e outros subindo para o A2. Era possível avistar também alguns acampando no Itapiroca e de longe ainda se avistar o Ciririca.
Eu e minha esposa montamos acampamento. Fiz um belo jantar, bem ao cair da tarde. Fomos para o outro lado para ver o sol se pondo em um belo espetáculo da natureza na face em que se avista Curitiba, onde soprava um forte vento, enquanto do outro lado da face para o PP onde estávamos acampados nada de tempo ruim. No horizonte mais ao sul, relâmpagos me preocupavam.
A noite caia na montanha. O céu estava muito estrelado e era possível ficar fora da barraca sem precisar de roupa de frio. Brincávamos com algumas pessoas que estava no PP piscando as lanternas uns para os outros. Depois paramos para admirar as estrelas somente com a cabeça do lado de fora da barraca, um espetáculo a parte.
À noite o vento soprava fortemente nas antenas de radio instaladas no cume da montanha, parecia turbina de avião. Antônia, minha esposa, teve ate dificuldade para dormir. Acordamos cedo para ver o sol nascer, outro espetáculo. O mar de nuvens fazia outra parte do show.  Fiz um belo café e começamos a descer a montanha. A nossa descida foi mais tranquila, logo  chegamos ao Getúlio, muitas pessoas estavam subindo a montanha, alguns era visível ser sua primeira vez por aqueles lados. Outros se viam sem preparo. Encontramos um grupo de jovens que estavam subindo pela primeira vez uma montanha, conversei com eles, passei algumas informações e encorajei-os para chegar até seu destino. Chegamos à chácara do Dílson e logo uma chuva começou a cair. No caminho de casa paramos numa boa churrascaria para comemorar.

Não me lembro de uma caminhada tão bem feita, com todos os visuais merecidos e um tempo maravilhoso! Sem duvida foi umas das melhores caminhadas que eu já fiz, principalmente, por caminhar do lado da pessoa que tanto amo.