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Montanhas do Paraná e do Brasil

Montanhas do Paraná e do Brasil

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Chamine da Serra do Mar

Foto da década de 1930 mostra
a antiga casa de bomba,
hoje submersa
(Foto: Nelson Penteado Alves/Arquivo pessoal (Pedro Vicente Cobbe)

Fonte: Gazeta do Povo
Quem passeia de trem pela Serra do Mar, rumo a Paranaguá, já deve ter visto a comprida chaminé de tijolos que emerge do lago da Represa Caiguava (Piraquara I), logo depois do Túnel Roça Nova. O misterioso monumento sempre despertou a curiosidade do pesquisador e montanhista paranaense Nelson Luiz Penteado Alves, 63 anos, conhecido como Farofa, que até pouco tempo atrás desconhecia a verdadeira história da tal chaminé.

Porém, uma série de coincidências acabou levando este apaixonado pelas montanhas a desvendar um pedacinho da história do abastecimento de água da região metropolitana de Curitiba. Segundo Penteado, muitos ainda acreditam que a chaminé é remanescente de uma antiga olaria ou serraria que teria ficado submersa quando a represa foi criada, em 1978.

Em maio de 2008, porém, o engenheiro agrônomo e professor Roberto Cobbe, sobrinho do lendário aventureiro Rudolf Stamm (1910 – 1959), teve acesso ao livro As Montanhas do Marumbi, de autoria de Penteado, e entrou em contato com o autor. No fim de 2009, Cobbe veio a Curitiba e trouxe uma série de fotografias feitas por seu pai, Pedro Vicente Cobbe, em suas andanças com Stamm pela Serra do Mar no final da década de 1930. Uma das fotos tinha uma anotação esclarecedora: casa de bomba.

Naquele momento, Penteado – que é sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR) – recordou de uma de suas aventuras ao lado dos colegas montanhistas pela região do Caiguava nos idos de 1967 – antes da criação da represa, portanto. “Partindo da Serra do Emboque, na tentativa de alcançar o Pico Marumbi seguindo pelas cumeadas (linha formada pelos cumes das montanhas), fomos surpreendidos pelo mau tempo. À noite, batemos em retirada do Pico do Canal rumo à Estação Roça Nova, onde pernoitamos. No caminho, passamos ao pé daquela imensa chaminé, solitária no meio do vale”, lembra Penteado.

Somente a chaminé ainda está visível
(Foto: Nelson Penteado Alves/Arquivo pessoal)
Foi a partir desta lembrança que e o pesquisador associou a chaminé ao que restava da antiga casa de bomba, cuja função era elevar as águas do Rio Caiguava, reforçando o abastecimento da Represa do Carvalho, que, por sua vez, armazenava a água consumida em Curitiba até meados do século 20. “Foi um achado e tanto e o ponto de partida para uma entusiasmada pesquisa”, revela Penteado.

De certa forma, a busca para comprovar sua teoria fez o montanhista viajar no tempo e mergulhar em sua própria história, desde os tempos de garoto, quando fazia piqueniques na serra com a família. Além do acervo do IHGPR, ele pesquisou sobre a casa de bombas no

Arquivo Público, na Biblioteca Pública do Paraná e, finalmente, na Sanepar – empresa que sucedeu o antigo Departamento de Águas e Esgotos (DAE), então responsável pelo abastecimento da RMC.

Ao todo, foram seis meses de uma intensa busca e o resultado foi além da simples satisfação pelo dever cumprido. “O fato de ter frequentado por mais de 50 anos a Serra do Mar, de ter passado ao pé daquela chaminé e depois ter em mãos as fotos da antiga casa de bomba foi uma descoberta fantástica, que os caminhos do destino colocaram em minhas mãos”, emociona-se.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Um dia dos Pais no Marumbi




Passar um dia dos pais com meu filho já é maravilhoso imagina na montanha, e fazia bastante tempo desde a ultima vez que o levei para acampar. Meu filho já estava me cobrando há tempos, sempre me perguntava quando eu iria levá-lo novamente para acampar. Com minhas férias próximas não pensei duas vezes, e no dia 06 de agosto de 2010 era a data marcada. Passeio no mercado dias antes, comprei o que precisava para passar 4 dias inteiros com ele. Fui até a Serra Verde Express e comprei as passagens de ida até o Marumbi.


Esperando o Trem

No dia da viajem acordei bem cedo, arrumei o que faltava, saímos de casa ainda estava escuro para pegar o ônibus e em pouco tempo estávamos na ferroviária para pegar o trem. No trem meu filho perguntava muitas coisas e eu sempre o respondia com alegria, no vagão onde estávamos, estava bem vazio, dava para escolher lugares, sentamos mais próximo da janela para apreciar bem a viajem.



Alguem sabe o que era isso?



Estação Banhado


Véu de noivas

O tempo não estava muito bom, uma serração tomava conta de todo o passeio, pouco se via. No cadeado era impossível avistar o Pico do Marumbi e outras montanhas. Chegamos um pouco antes das 11:00 da manha, logo fomos para o camping montar tudo e fazer um lanche, já sentia a alegria dele no lugar, pedi para ele me ajudar a montar e assim ele o fez. Depois de tudo pronto um lanche rápido, pois tinha levado lanche pronto para evitar fazer comida na chegada.



Nossa casa durante 4 dias


Estação do Marumbi toda reformada

O camping estava vazio tinha umas 4 barracas apenas, acreditei que logo iria encher como sempre acontece. Já de inicio um gaucho logo veio me cumprimentar, seu nome era Felipe um biólogo de Porto Alegre que estava a uma semana esperando o tempo abrir. Ele me contou que durante toda a semana chovia sem parar e que não tinha como subir a montanha, passei uma boa noticia que a previsão do tempo estava para melhorar. Enquanto meu filho brincava sozinho e acompanhava os trens que passava, eu verificava se em algum momento o tempo iria limpar.




La por umas três da tarde, surgiu a oportunidade de passear como meu filho, resolvi levá-lo para fazer uma trilha até um pouco mais logo, a princípio era levá-lo até o Eng. Lange, preparei um lanche, coloquei água e as lanternas de cabeça e descemos até a estação, o Vini estava bem empolgado e queria mais, e então resolvi descer até a saída do Itupava, subimos a escada e fomos até a ultima ponte do Rio Taquaral onde tiramos algumas fotos. No retorno começou a escurecer e ele queria porque queira usar a lanterna então o deixei. Voltamos rápido até a estação e logo percebi que uma luz forte batia nos paredões do Marumbi, era o sol querendo aparecer.


Estradinha para Eng. Lange


Estação Eng. Lange


Saída da trilha do Itupava


Ponte sobre o rio Taquaral

Chegamos já era quase escuro e o Pico do Marumbi e as montanhas próximas já eram possíveis avistá-las por completo, a previsão do tempo tinha acertado e o fim de semana seria bom e quente conforme tinha vista no Simepar e no Clima tempo. Logo fizemos amizade com dois jovens que também estavam acampando, fiz uma janta para mim e para o Vini, jantamos e logo fomos dormir.


Logo no dia seguinte o céu estava bem limpo e sol já ia aparecer com força total, esquentou bastante, mas não estava muito bom para ir no rio. Fiz um café e um Nescau para ele, fomos até o alojamento onde encontrei o Mario e minha amiga Ju, que já estava de voluntária há tempos. O meu filho queria muito ir para o rio, então fui buscar umas roupa e uma toalha, quando voltei estava ele e a Ju fazendo uma aposta, se ele entrasse no rio ela ia correr da placa até a estação se ele não entrasse seria ele que ia correr. Aposta feita, o levei até o Cemitério dos Grampos, logo que chegamos lá ele logo foi tirando a roupa e entrado no rio, a água estava muito gelada, o sol nem estava batendo nas pedras ainda, mas mesmo assim ele se encorajou e entrou na água, brincou um pouco e todo roxinho saiu, achei um lugar para ele se esquentar, logo depois subimos e ele logo foi cobrar a apostar, filmei para comprovar e chamei o Mario para ver a Ju correndo.





Gigante e Torre do Sino
Depois de um bom almoço, fomos novamente para o rio, mas desta vez ele não teve coragem de entrar, tiramos algumas fotos e voltamos para o camping, o lugar estava bem vazio tinha no maximo umas 6 barracas, tudo estava tranqüilo.
Logo escurece e fomos para a estação conversar um pouco, o Vini estava bem enturmado com o gaucho e mais uma meninos que estavam acampando la, conversamos e na volta o Vini disse que queria ir embora, pois estava com saudades de casa. A idéia era voltar na segunda, tinha levado bastante comida para 4 dias, não queria voltar com tudo aquilo novamente. Fomos dormir e logo cedo depois do café o levei para a cachoeira do Marumbinistas, voltamos e fiz um almoço bem reforçado para vários amigos que estavam lá. Almoçamos, descansamos e o levei para o Rochedinho, uma caminhada gostosa e descontraída, percebi que ele estava adorando o passeio, e que tudo estava correndo muito bem, foi o melhor presente dos dias dos pais que um pai podia receber, foi maravilhoso. Voltamos, tomamos um bom banho quente, desmontamos tudo e era só esperar o trem de retorno.



Vista do Rochedinho
Fiquei sabendo que na segunda o tempo iria novamente mudar, então pensei que a escolha dele de ir embora no domingo foi ótima. Foi uma das aventuras mais gostosas que eu já fiz, levar meu filho para a montanha e ver o quanto ele gosta é muito bom, não vou pensar duas vezes para levá-lo novamente. Um passeio gratificante que não tem preço que pague.


Um bom rango, jantar para 6 pessoas



Indo para casa


Marumbi vista do Cadeado

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