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Montanhas do Paraná e do Brasil

Montanhas do Paraná e do Brasil

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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Luna Hostel

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Pedra da Gavea Via P4 - Um dia incrível


"Como definir a coragem e a determinação de cada um? Como devemos superar nossos limites e acreditar que conseguimos? Sim nós conseguimos, e cada um fez a sua parte, superou seus medos e desafios e aguentou como pode uma viagem longa e a temida Pedra da Gávea."                                                                                  Reginaldo Mendes
No início acreditava que fazer a Pedra da Gávea seria fácil, mas me enganei por completo, a Gávea de fato tem seus lados de dificuldade muito grande, talvez por causa da temida carrasqueira ou pela trilha do P4 onde tem um trecho chato de passar que requer um pouco de atenção, e também acredito por ser uma montanha muito exposta ao perigo, de um lado paredão de outro também, qualquer vacilo você cai mesmo. Todo cuidado é pouco quando se trata de subir a Pedra da Gávea. 

A um bom tempo sonhava em fazer essa montanha e a uns três anos tive a oportunidade de conhecer alguns amigos que topava encara-la, não somente a montanha, mas sim uma viagem longa de mais de 14 horas só de ida. Comecei a pesquisar tudo sobre ela, como chegar o que levar, trilhas, trechos, vídeo, depoimentos, etc. Foi quando atrás do meu amigo Sandro Godoy conheci a Patrícia Tavares quem mora no Estado do Rio de Janeiro, que com muito amor a montanha nos prontificou a nos mostrar a trilha e ajudar a chegar até o cume. Foi meses trabalhando, fechei um grupo grande, mas um grupo que já conhecia a palavra montanhismo. Escolhi 7 de Setembro, pois seria um bom feriado. 

Saímos de Curitiba umas 20:00 com a ideia de chegar na trilha as 9:00, terminar a trilhas as 15:00 no máximo e chegar no hostel as 16:00 e quem disse que seria assim. Sem chance, chegamos muito tarde para começar a trilha, já passava das 11:00 quando chegamos no Rio e iniciamos a trilha depois das 11:30. Patrícia e Júlio que seria nossos guias já estavam nos esperado já fazia tempo. Chegamos na portaria, demos entrada e nada de mais, só coloquei meu nome e a quantidade de pessoas, um controle deles que até me preocupou um pouco. Começamos a subir a trilha e logo pegamos a direita que segue para o P4, um pouco mais curta que a carrasqueira, alguns trechos me lembrava as nossas aqui, inclusive o vale das Lágrimas no Marumbi. 

Em um pouco mais de uma hora chegamos na linda paisagem conhecida como Garganta do Céu, uma vista maravilhosa do Rio por um ângulo incrível. Não tinha como deixar de tirar muitas fotos, é até de aceitar o motivo que não conseguia tirar o povo daquele lugar, o lugar é lindo e de tirar o fôlego mesmo. Depois desse trecho em alguns minutos de caminhada chegamos na então via dos cabos, sendo que na primeira já não tem mais o cabo justamente por causa do perigo dela se romper, a utilização ali de corda é obrigatório, acredito que poucos conseguiriam subir nela sem a corda ancorada. Quando chegamos nesse trecho vimos a dificuldade que era em subi-la.

Tinha chovido na sexta e com isso, manava água nas pedras deixando mais lisa que o comum. A nossa sorte foi que o Percio que estava na parte de cima foi atrás de uma corda para ajudar a puxar a nossa e fazer a ancoragem para cada um subir nela. Corda presa, primeiro foi o Julio, ancorou bem a corda e logo eu subi para ajudá-lo. A subida não era muito pesada, mas o problema era que estava muito liso com grande chance de escorregar. Fiquei na parte de cima dando suporte, peguei outra corda e ancorei numa parte chata para subir que também estava lisa, observava o  rostos de cada um que chegava, e era cada grito de vitória que ouvia que me deixava com mais certeza ainda que iríamos terminar bem. 

Chegamos então na outra parte seria o último desafio antes de chegar no cume da Gávea. Mais um paredão com um cabo fixado, não era difícil subi-lo. Foi então que logo avistei o cume e com muita alegria conseguimos chegar e vencer o desafio proposto. Como o tempo estava muito curto e em vista que já estava um pouco tarde, aproveitamos muito pouco lá em cima, não tivemos muito tempo para conhecer outros lados dela como a Cabeça do Imperador, a pedra do raio e assim por diante, mas tudo bem, o importante é que conseguimos. Resolvemos então voltar e começamos nossa decida sentido carrasqueira. 

Deparamos com alguns obstáculos em um dos trechos e um susto, uma moça de outro grupo simplesmente mergulha no que seria um precipício, mas com a graça de Deus na parte que ela caiu tinha arbustos e algumas pequenas árvores que a segurou. Ela levantou e não se feriu. Continuamos a nossa descida e deparamos com a carrasqueira, uma longa descida de mais de 40 metros de altura, com pedras e trechos de escalada de nível 1 e 2. Nada que assuste muito, mas como o povo estava muito cansado qualquer vacilo a chance de se machucar é muito grande, até porque ali tem bastante história de acidentes e mortes que precisou de resgate. 

O sol começa a se esconder no horizonte, e na carrasqueira o pessoal vai descendo com muito cuidado e todos sendo orientados pelo guia Júlio, como as nossas cordas estavam ancoradas e para evitar que fique mais difícil nossa situação, pois, começava a escurecer, pedi para um senhor que faz um trabalho de rapel na carrasqueira se ele podia me liberar a corda para eu descer com meus próprios equipamentos. Descida autorizada e últimos a descer. Desancorei as cordas e pedi para o Júlio ir descendo que eu estava logo atrás. Coloquei cadeirinha, mosquetão, enrolei minha corda e desci de rapel pela corda ancorada ao lado da carrasqueira, com isso ganhei tempo também. 

Começamos nossa descida e o céu começava a ficar cada vez mais escuro e como se trata de mata fechada e inverso, as 18:00 já não era mais possível ver nada, muitos como eu, por exemplo tinha deixado a lanterna em casa, cabeção mesmo. Conforme íamos descendo a trilha encontramos mais pessoas, um enorme congestionamento aconteceu em um trecho de pedra, a visão foi até engraçada, aquela multidão de gente parada com as lanternas ou usando o recurso do próprio celular para continuar. Mas o que mais me surpreendeu é o companheirismo e amizade de cada um que estava lá. Eram vários grupos e cada um ajudava no que podia, novas conversar iam surgindo durante o percurso. Num trecho, por exemplo que era bem simples de passar, mas requer também atenção. Pois, tinha corretes e uns degraus de ferro. O mesmo cara que emprestou a corda para puxar a nossa lá atrás amarrou a corda para que todos pudessem usa-la também, um gesto muito bacana. Como eu mesmo já estava com a cadeirinha “rapelei” por ela e de quebra ajudei uma criança a descer de rapel junto comigo, como os pais estavam bem preocupados em desce-la por ali, já fiz o serviço. Uma gratidão paga outra, o cara que nos emprestou a corda agora vê sua filha descendo com segurança aquela parte e também assim eles ganham tempo. 

Começamos a descer um zig-zag terminável muito até parecendo com a descida da Pedra do Sino, naquela mesma parte do abrigo 4 até a portaria. Parecia que nunca mais ia acabar, as luzes do Rio no horizonte completava sua beleza. Até então chegamos na portaria, esperamos mais um pouco um grupo que estava atrás, descemos até o micro e agora é só curtir a noite no hostel ou em outros lugares e lembra o quanto foi bom aquele dia. No dia seguinte aproveitamos a praia de Copacabana, enquanto um grupo ia conhecer o Cristo, ficamos na areia apreciado as belezas do Rio de Janeiro. Grupo agora pronto para voltar para casa. A nossa saída saiu conforme combinado, as 13:20 já estávamos na estrada e aguentar 14 horas de retorno para Curitiba. 

Quero parabenizar a todos pela grande conquista, essa montanha não foi fácil. Todos conseguiram superar as dificuldades encontradas, arranhões, quedas, machucados faz parte para quem ama tanto as montanhas. 

Agradecimentos: 

  • Obrigado Patrícia e Júlio pela dedicação e esforço com a nossa turma, vocês foram incríveis. 
  • Obrigado Igreja Batista da Barra por ter permitido deixar o Micro em seu estacionamento.
  • E o pessoal hostel Mana.lounge principalmente a kenia pela ótima hospitalidade.

Que venham os próximos desafios

Fotos Guilherme Pazda: Prontos para subir

Fotos Guilherme Pazda
Fotos Guilherme Pazda
Fotos Guilherme Pazda



Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda: Trecho de cordas 
Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

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Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda: Pedra Bonita
Fotos Guilherme Pazda: Depois da carrasqueira

Fotos Guilherme Pazda: Ao fundo Rocinha a esquerda, Vidigal a direita. Morro dos dois irmãos

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

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Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda
Fotos Guilherme Pazda

Fotos Guilherme Pazda

Foto Mirian Caetano
Foto Perla Steil



Foto Perla Steil
Foto Perla Steil
Foto Perla Steil
Foto Perla Steil
Foto Perla Steil
Foto Perla Steil: Tirada do Hostel 
Foto Perla Steil

Foto Perla Steil

Foto Perla Steil

Foto Thiana Martins

Foto Thiana Martins






kenia proprietária do Hostel










Momentos de praia
Montanhistas:
Ana Paula Mehret
Clesiane Rossa
Denise Lovato Vidal de Lima
DOUGLAS KAUE RENGEL VELOSO
Edson de Souza Rodrigues
Elenice Sedemac
Eliane da Conceição Pires
Eliane Michalowsk
Elver Avendano Vargas
Everton Chagas
Fernanda Lopes da Silva
Guilherme Pazda Junio
Ingrid Mello dos Santos
James Hideki Abe
Juliana Pereira Taborda
Julio Cezar
Leonardo Policarpio da Rosa
Lorraine Weslei Barros de Oliveira
Luciana Savelli Ussui
Matheus lesniovski de Souza
Michell Angelo Chamulera Job
Miria Caetano
Murillo Santiago de Queiroz
Onildo Paulino
Paula Christiane Lipinski
Patricia Tavares
Percio Fernando dos Santos
Perla Graciety Steil
Reginaldo Nunes Mendes
Renan Fellipe Carvalho
Renata Mariana de Faria
Ronnie Peterson Barros de oliveira
Samanta Cristina Rodrigues
Sergio Emiliano  da Silva
Thiana Martins Pinto
Tiago Dias
Wanele Riccetto