Leia: 19/06/2014 - Viajem tranquila, nosso primeiro dia de incertezas e surpresas.
Leia: 20/06/2014 - Ataque ao Agulhas Negras - Via Bira Bira
21/06/2014 - Travessia Serra Negra
O
dia amanhece, o nosso novo desafio agora é a travessia Serra Negra, imaginei
que no dia dessa travessia eu poderia estar todo quebrado e com meus dedos do pé inchado por causa da Agulhas Negras, estava pronto para mais uma longa
caminhada. Acordamos um pouco mais tarde para iniciar nossa caminhada, as 06h00min
da manha uma serração cobre toda a região, tomamos um café bem reforçados e
fomos para o inicio do parque.
Iniciamos
nossa trilha as 10h00min no abrigo Rebouças, como não pegamos muitas
informações sobre a trilha, ao invés de pegar a trilha para a “Pedra do Altar”,
pegamos sim foi a trilha para a “Asa de Hermes” um erro, mas que valeu muito a
pena. Passamos pela lateral do Agulhas, e quando já estávamos avistando a pedra
da Asa de Hermes seguimos sua trilha até descobrir que estávamos errados. Paramos,
pensamos e começamos a varar o mato rasteiro tentando encontrar a trilha
novamente. Travessamos um banhado e começamos a subir um morro para descobrir onde
estávamos. O GPS nos mostrava que a trilha estava bem próximo, de longe
diversos rastros de trilha, provavelmente não fomos os primeiros a errar.
Subimos morro acima até avistar um vale gigantesco, um rastro aparecia no
horizonte, estava mais para um pequeno rio que cortava o vale.
Começamos a ir naquela direção, a
nossa ideia era encontrar a cachoeira do Aiuruoca. Caminhávamos entre matos e
pedras, alguns totens nos mostrava o caminho, Terezinha e Mércia nos
acompanhavam com força e coragem, nunca em toda minha vida andei com pessoas
com tanta garra assim. Aquele rastro que mais parecia um rio começa a se
aproximar. Sentamos numa pedra grande e começamos a admirar a grande Agulhas
Negras e no seu lado a Pedra da Asa Hermes, a baixo da asa pessoas apareciam
bem pequenas, era possível ver a grandeza de tudo aquilo.
Continuamos
a “varação” de mato e os totens continuavam a nos mostrar o caminho, até que
logo encontramos a trilha certa, chegamos num riacho, fizemos aquele lanche,
encontramos algumas pessoas na trilha e de longe avistávamos a pedra “O Ovo da Galinha”. E em alguns minutos
a bifurcação “Serra Negra” e “Rancho Caído”. Pela trilha Rancho Caído é
possível chegar até a cachoeira do Aiuruoca, nosso caminho era “Serra Negra”,
chegamos à parte de cima da cachoeira e continuamos a trilha. A
caminhada era agradável, às vezes esquentava e às vezes gelava o corpo de tanto
frio causado pelo vento e a altitude, a vista era glamorosa. Sergio liderava o
ritmo da caminhada, as meninas ficavam entre nós e caminhada prosseguia.
Descemos um grande vale, uma decida bem dolorosa, os dedos dos meus pés já
estavam bem doloridos, eles são os que mais sofrem numa caminhada.
Logo
encontramos um rancho e a vista era linda, parecia àqueles lugares de paisagem
única, ao fundo uma linda cachoeira. O senhor Lourival disse que o nome dessa
cachoeira era “Salto Cachorro Grande”. Tiramos algumas fotos e prosseguimos,
agora estávamos num espécie de estrada abandonada. Já estávamos a cinco horas
caminhando, o cansaço tomava conta e o silêncio também, passamos sobre um rio
onde paramos para descansar e também num espécie de casa de chácara, não
avistamos ninguém, somente alguns animais. A trilha era subida e descida,
passamos por diversos portões feito de arame, um gigantesco ninho de cupim
estava bem no meio da trilha. O sol já estava próximo de se deitar e a caminhada começava a tomar seu rumo final. Hora depois avistamos a trilha final e um
descanso merecido, fomos recebidos por alguns simpáticos cães. Pegamos o carro
que estava nos esperando e fomos para o nosso camping. Foram horas de
caminhada, cansaço e esforço para chegar ao nosso destino.
Agora era hora de
chegar onde estávamos acampando, contar nossas histórias de mais uma travessia
e nos preparar para o dia seguinte. Quando chegamos à casa do Sr Lourival um
belo jantar nos esperava. Ele nos contou algumas incríveis histórias, pois ele
está ali desde que nasceu, nos falou sobre um resgate que já fez, e sobre como
é morar perto desse lindo paraíso. Fizemos uma grande amizade com ele. Caso
alguém queira acampar no seu sitio, fale comigo antes, para passar as
informações necessárias. Não é permitido algazarra, barulhos etc. Lá é um lugar
tranquilo de respeito, somente vai acampar lá quem está interessado a respeitar
a natureza e contemplar o que ela nos oferece.
No
dia seguinte acordamos bem cedo, levantamos acampamento tomamos um bom café e
voltamos para casa, numa viajem logo, mas divertida. Esses
dias vão deixar saudades, principalmente do Sr Lourival e da dona Olímpia que
por causa do seu trabalho ficou pouco com a gente, mas deixou uma ótima impressão de sua simpatia e humildade. Quero agradecer a todos meus amigos que me acompanharam nessa dias que jamais vou esquecer.
Um grande abraço a todos.
Mércia Brito
Sergio Sampaio
Evaldo
Vivi Orélo
Mario Firmino
Carinha Pallu
Terezinha Tessaro
|
Terezinha, Mércia, eu e Sergio |
|
Abrigo Rebouças |
|
É possível ver um pessoal subindo o Agulhas |
|
Asa de Hermes |
|
Ao fundo Ovo da Galinha |
|
Salto do Cachorro Grande ou não |
|
Ovo da Galinha |
|
Serra Negra |
|
Minha Pátria meu orgulho |
|
O cupim gigante |
|
Um merecido jantar na casa do sr Lourival - Muito Obrigado |
3 comentários:
Mais um relato show, bem assim que tudo aconteceu que bom fazer parte dessa história junto com vocês !!!!
E ai Brow, Muito bom seu relato.
Vou fazer essa trilha agora e completar PNI, teria como vc me passar o telefone da pousada, se tiver claro.
tentei na internet em todo lugar e nao achei.
email: marcelo.g.magalhaes@pfizer.com
abraçoes
relato massa esse seu,
Vou fazer essa trilha agora, e cinpletar PNI, TO procurando na internet inteira o telefone dessa pousada agugas negras.
Vc por acaso me daria essa ajuda e me informava
email: marcelo.g.magalhaes@pfizer.com
abraços
Postar um comentário