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Montanhas do Paraná e do Brasil

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Assalto na trilha do Itupava



Sabe quando você tem aquela sensação que isso jamais vai acontecer com você, era a essa sensação que eu tinha, mas agora ela acabou. No 07/12/2103 ficará marcado para sempre em minha vida. Nesse dia aconteceu o que muitos que vão para a serra do mar temem, é ser assaltado em plena trilha. Fui convidado por um grupo de amigos para fazer a trilha do Itupava. Uma trilha com mais de 300 anos de história, que sai de Borda do Campo até Morretes.  

Passamos no posto do IAP em Borda do Campo fizemos cadastro e seguimos trilha. Depois da pedreira uns 20 minutos de trilha chegamos à bifurcação entre a continuação do Itupava e cachoeira. Uma bela queda d água ideal para fotos e uma parada rápida. Chegamos á cachoeira, no local já estava um grupo de cinco jovens que também estava fazendo o Itupava. Meu grupo era de 11 pessoas e eu era o único que conhecia bem a trilha. Nos unimos para tirar aquela foto com todos os 11, uma das jovens do nosso grupo arrumou a maquina fotográfica e logo em seguida fomos surpreendidos por um covarde que não tem coragem se quer de mostrar a cara, e armado. Fomos rendidos, no inicio achava que era até uma brincadeira, o FDP escorrega e a arma dispara, até hoje penso se foi para assustar ou disparou sem querem mesmo. Ele engatilha a arma novamente e mais uma vez pede para que todos deitem no chão.

De começo pediu só dinheiro, mas depois começou a ficar mais a vontade e pediu joias, celulares, e até relógio. O retardado levou muita sorte, pois poderia ser surpreendido por alguém armado lá trilha, ou até mesmo por policiais ambientais. O individuo começou a fazer uma limpa. Eu até levei um pouco de sorte, pois perdi somente 20 reais. Sem o lazarento ver, consegui esconder minha aliança e também meu relógio, sorte também foi ele não ter levado minha mochila, provavelmente eu ia reagir. Tive até um momento desses, de costa para mim, o olhei duas vezes e pensei em agarra-lo e joga-lo no rio, como ele iria cair primeiro na água só sairia quando ele estive bem morto, um bandido a menos na terra. Sua permanecia no local foi de uns 15 minutos. Pediu alguém para ser refém e um dos jovens que estava no meu grupo se ofereceu, logo voltou novamente para ver se alguém não tinha pochete, ai disse para ele sair, pois a policia ambiental faz ronda na trilha. O jovem que virou refém logo voltou correndo, ficamos parados no locar para ver o que ia acontecer.  Saímos da trilha e voltamos chateado para a base do IAP. Os policias que nos atenderam ficaram até preocupados. Voltei para a trilha acompanhado pelos policias e o rapaz que foi refém. Numa trilha que não leva a lugar nenhum encontramos duas mochilas, a máquina fotográfica que o fdp deixou cair, e também um relógio, mas o cara nem vestígio.

Faço a trilha do Itupava desde 1990, já vi casos de assalto, já presenciei alguns colegas que saem das suas casas para aproveitar a natureza voltando sem calçado sem nada. É uma pena que isso aconteceu.  Depois que o governo desarmou o povo brasileiro os bandidos acabaram se armando. Hoje me arrependo um monte de ter votado sim para o desarmamento. Mas, uma coisa é certa, bandido só tem dois destinos ou é morto ou preso, nunca vi bandido se aposentar.

Links de reportagens:

RPC TV clique aqui
Gazeta do Povo clique aqui


Quero agradecer ao grupo que por mesmo com essa situação desagradável, soube passar por isso com calma e com certeza vai esquecer desse episodio lamentável e chato, e não vai deixar de curtir a vida e a natureza com ela deve ser curtida.
Juliana 
Felippe
Stephanie Freitas
Victor
Rafael
Luana
Sergio
Carl
Mariana
José Antonio






segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Além das Nuvens – Abrolhos a ultima de 2013




Combinei mais uma vez com a Equipe Tiamat para um final de semana imperdível. O objetivo era leva-los a uma bela cachoeira e fazer a minha ultima montanha do ano, e assim, completado o conjunto do Marumbi. No sábado, eu minha esposa e nossa amiga Viviane, esperamos o pessoal em Morretes para iniciamos nossa caminhada numa cachoeira: o Salto da Fortuna. Uma bela cachoeira com seus 50 metros de altura e um visual magnífico. O salto é protegido pelo Parque Estadual do Pau Oco e é bem preservada. Para chegar nessa cachoeira é bem simples, chegando em Morretes pegue a estrada da Anhaia uma antiga estrada do engenho e seguir até seu final. Pode deixar seu carro num sitio ali perto, fazer o registro de entrada com um caseiro que fica logo depois da ponte de pedra e subir morro a cima.







Iniciamos nossa caminhada para o Salto as 15h00min. O horário de verão favorecia com o sol brilhando e forte numa caminhada era tranquilo e sem presa. A Trilha é bem leve e apresenta somente dois obstáculos para passar, sem dificuldade. Em uma hora, atravessando dois rios e caminhando em trilhas leves já estávamos no Salto da Fortuna. Tomamos um belo banho de cachoeira bem gelada e voltamos. Passamos em Morretes compramos carne e partimos mais uma vez para o camping do seu Chiro. Depois de um churrasco bem preparado, fomos dormir para o dia seguinte, pois seria um dia bem pesado.





Acordamos bem cedo desmontamos acampamento e partimos rumo ao conjunto de montanhas do Marumbi. Uma leve garoa caia e uma incerteza tomava conta, pois tínhamos receio de chegar ao cume e não ver nada. Chegamos à base da montanha e um vazio estava na nossa frente. Não se via nada, o forte nevoeiro cobria toda a montanha. Abrolhos com seus 1200 metros de altitudes e suas belas corretes e grampos e dificuldade moderada para pesada. A ultima montanha do ano de 2013 provavelmente nos decepcionaria. Comigo estava indo minha esposa que já tinha subido há um tempo atrás e nossa amiga Viviane Kanuta que estava fazendo sua primeira montanha, um desafio e tanto para ela. A Equipe Tiamat estava mais reduzida, facilitando as subidas em corretes e grampos. O grupo estava composto por: Sergio, Diana, Vivi, Chico, Evandro, Deise e Mercia.










Passando pelos seus obstáculos de dar medo, o nevoeiro parecia que nunca ia acabar. E para desaminar um grupo de jovens que voltava do cume nos informou que nada se via lá de cima. Chegamos à bifurcação, paramos para fazer um lanche e repor as energias e logo partimos para o Abrolhos. O céu azul começava a surgir, a incerteza de não ver nada no cume começava a sumir e quando passamos as nuvens uma grande surpresa: um mar de nuvens magnifico e completo, um visual lindo nos presenteava naquele momento, algo que há muito tempo não tinha vista! Foi realmente um grande presente para todos e mais uma montanha  realizada com sucesso.


Curtimos aquele visual magnifico tiramos muitas fotos e começamos nossa decida.  Em três horas já estávamos novamente na base do Marumbi e ao final ela ainda nos deu a graça de aparecer entre nuvens. Voltamos todos juntos até o IAP, tomamos uma Coca-Cola bem gelada e partimos para casa. A Equipe Tiamat ainda tinha o retorno até Florianópolis, uma viagem longa e cansativa, mas que com certeza vale a pena.


Parabéns mais uma vez a todos pela conquista do Abrolhos e pela companhia maravilhosa. Parabéns a Viviane Kanuta pela conquista da sua primeira montanha e que seja a primeira de muitas. Essa foi minha ultima montanha de 2013.


Equipe Tiamat, preparem-se, em 2014 promete muitas montanhas!















quarta-feira, 30 de outubro de 2013

13/10/2013 - Entre cansaços, tombos e arranhões todos sobreviveram.


O Pico do Marumbi é uma montanha que fascina, uma montanha completa, “escalaminhadas”, grampos, correntes e vales. Não que seja uma montanha difícil, pois, é bem sinalizada e demarcada para evitar erros na trilha.  Os seus obstáculos são desafiadores dependendo da trilha que for fazer, é bem exposta. Combinei com o pessoal da Equipe Tiamat de Florianópolis a leva-los para fazer todo o conjunto que se inicia na Noroeste ou trilha vermelha e volta pela Frontal trilha branca. Uma caminhada de aproximadamente de 5 a 6 horas desde o seu inicio, já era minha quinta vez a fazer todo o conjunto.  E as montanhas como a Ponta do Tigre, Abrolhos, Esfinge e o Olimpo já fiz inúmeras vezes.

Acampamento no Sr. Chiro


Levar a Equipe Tiamat para o Marumbi é para mim uma alegria, a equipe é bem formada e experiente e tem excelente caminhada. No sábado combinei um encontro com o pessoal logo no inicio das Prainhas em Ponto de Cima, onde esperei com paciência para um bom churrasco no camping do Sr Chiro.
Acordamos bem cedo no domingo e partimos para o Marumbi, depois de 01h30min de caminhada chegamos à base da montanha, fizemos o cadastro e logo fui questionado sobre a trilha que íamos fazer.  O tempo, o horário, e a equipe experiente e a trilha que conhecia bem, não seria um problema. Estávamos realmente num numero bem grande de pessoas, mas mesmo assim isso não me incomodava. Começamos a caminhar rumo à cima, a Equipe Tiamat me acompanhava e eu passava informações importantes sobre as montanhas e a trilha em que estávamos. O nosso ritmo estava indo bem, calculava o horário de caminhada e conforme chegávamos aos pontos importantes verificava que estava no previsto. Ao chegarmos nas corretes e escadas mais longos a demora era um pouco maior e mesmo assim estávamos de acordo com o horário. Passamos no Vale das Lagrimas com um pouco de dificuldade e mais lento, isso foi importante para evitar alguns machucados que ali causa. Depois de 02h40min minutos de caminhada chegamos à bifurcação Ponta do Tigre/Abrolhos e paramos para fazer um bom lanche. Partimos para a Ponta do Tigre onde começou a aumentar a dificuldade. Até chegamos ao Apartamento foi mais uma hora, e mais uns 30 minutos até a Ponta. Depois de 04h30min minutos chegamos ao nosso destino, paramos e tiramos muitas fotos, percebi que todo o grupo estava firme e forte. O visual estava lindo, poucas nuvens e não muito quente. O nosso destino agora era o Olimpo, na crista do Gigante já era possível ver o cume do Olimpo.

Começo do Vale das Lágrimas 






Lanche forte na bifurcação  P/A

Apartamento 

Cume da Ponta do Tigre


Toda equipe na Ponta do Tigre
A chegada era certa, mas logo percebi que o horário que tinha estipulado começava a ficar difícil de alcançar, porém não estava ali para ver isso, e sim para aproveitar aquele momento com a equipe, não me importava em que horário chegar o importante era chegar bem. Os arranhões começavam a aparecer e as incertezas também. Logo quando chegamos à saída da trilha da frontal, o casal Mario e Assiris, resolveram descer, uns dos motivos era buscar a van no Iap e levar até Eng. Lange que não teve muito sucesso, outra era que sua namorada já estava no seu limite. Continuamos e depois de 05h30min chegamos ao cume do Olimpo. Uma alegria contagiava o grupo, nos seus olhos era visível a emoção de alcançar o conjunto todo, mas também a preocupação de chegar ao final. Diana e Sergio carimbaram no seu curriculum mais uma conquista, Diana que estava acompanhava com seu filho estava numa felicidade imensa. Tereza, André, Lucas, Terezinha, Joara, Viviane, Djalmo, Evanete e Luiz, alcançava naquele momento o cume do Marumbi.
Logo começamos a descer, o drama naquele momento começa a surgir. Com o cansaço em vista e a vontade imensa de terminar a trilha tomava conta de todos. Logo no inicio um susto. Lucas, que caminhava bem a frente escorrega e cai, mas nada de grave, somente algumas escoriações e lembrança da trilha. Com a vontade imensa de chegar no final eu e Terezinha estávamos bem adiantado.  Terezinha teve uma sensação de ficar e esperar o grupo que estava logo atrás. Eu, Tereza, André e Djalmo chegamos no vale dos marumbinista e estávamos bem adiantado. Esperamos o resto do grupo naquele ponto e a demora era constante e a escuridão já tomava conta da montanha e nada se via de luzes na trilha, comecei a ficar preocupado. Depois de mais de uma hora esperado o restante, aparece a Diana. Percebi em seu tom de voz a preocupação, uma das pessoas que nos acompanhava na trilha e que estava caminhado bem, começou a sentir o cansaço. Eu e André partimos correndo para cima a encontrar Sergio e Terezinha que estava ajudando-a a descer. Talvez o despreparo ou a força que se usa para descer os grampos podem ter sido o problema do cansaço muscular que ela apresentava. Levamos água e ajuda. Diana partia com o grupo para terminar a trilha enquanto eu e Sergio descíamos o restante. Trechos que se leva 10 minutos para terminar chegámos a fazer em uma hora e meia. Cada passo era importante e minha preocupação de chegar em casa já era eminente. Quando estávamos a uns 30 minutos de terminar a trilha aparece o Cosmo (grupo de resgate a montanha) para fazer o resgate. Sem necessidade na minha opinião, pois todos estavam bem, o único problema era o cansaço muscular que tomava conta de um dos integrantes do grupo que com muita força de vontade queira terminar como uma guerreira em uma grande batalha.


Torre do Sino e Abrolhos vista na trilha da Ponta do Tigre



Sapo montanhista
A caminhada chega a seu final depois de onze horas de trilha e ainda tinha a descida até o Iap na estrada do Eng. Lange. Minha preocupação agora era avisar minha esposa que estava bem. O único trecho que poderia ligar era no final da estrada, próximo onde acampamos, a outra preocupação agora era minha gasolina que estava bem abaixo do reserva, santo carro palio que me levou até o primeiro posto depois de mais de 30 km, cheguei em casa morto de cansaço, mas muito feliz, pois é mais uma história de aventura que posto nesse blog.

Parabéns a toda equipe Tiamat que vieram de Florianópolis para fazer essa montanha. Parabéns a todos por essa conquista. Independente do que aconteceu o importante é que todos chegaram bem. Pois, fazer o conjunto do Marumbi é mais que fazer uma montanha é sim conquistar e desafiar seus limites. 


André e ao fundo Olimpo

No cume do Olimpo





Encosta da Esfinge




Abrolhos vista do Ponta do Tigre

Ciririca, PP e Agudos da Cotia

Torre do Sino