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Montanhas do Paraná e do Brasil

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Circuito Vigia/Canal, a primeira de 2012



Depois de uma longa espera finalmente consegui realizar a travessia Vigia/Canal. Até então não conhecia o Canal muito menos o Vigia. Desde 2009 se não me falha a memoria, eu e Josemar Cubis estávamos na intensão de fazer qualquer montanha pela primeira vez juntos e sempre surgia imprevistos. Mas 2012 começou bem mesmo, e então marcamos para fazer a primeira montanha de 2012. Combinei com meu parceiro de montanha Patrick e juntos com a gente foi o Beto que também tem bastante experiência.
Partimos logo cedo, chegamos na fazenda onde inicia a trilha e começamos sentido Vigia. Logo no inicio me ralei numa pedra, braço e joelho direito detonado. Seguindo morro a cima logo chegamos na Torre Amarela e de lá já era possível avistar o Vigia e muita gente subido o Canal. Era impossível ficar muito tempo parado, as butucas atacavam sem dó, continuamos e de longe avistamos nossa próxima montanha. Em um pouco mais de uma hora e meia já estávamos no Vigia, resolvemos parar para fazer aquele lanche. Continuamos nossa trilha, os bambus estavam começando a dar bastante trabalho. A trilha estava bem fechada, era possível se perder um pouco, mas com paciência não nos batemos tanto assim, tanto o Beto como o Patrick já tinham feito a trilha os únicos que nada conhecia era eu e o Cubis.
Percebi também que a trilha é pouco conhecida e melhor ainda está bem limpa. Nossa próxima e rápida parada era o Canal, nessa parte a trilha já é mais aberta e bem visível. Na ida encontramos um pequeno grupo de montanhistas que estava fazendo a trilha ao contrario, eles estavam chegando no Vigia e nos partido para o Canal. Chegamos então na maior e mais difícil desafio da minha vida de montanha até hoje. Deparamos-nos com um paredão de mais de 10 metros de altura com uma fenda de ponta a ponta, e apenas duas cordas de escalada que não sei quanto tempo esta lá, mas acredito que é sempre trocada. Primeiro foi o Patrick a subir e a testar a corda, depois o Beto, eu e o Cubis, confesso que usei toda minha força naquele momento e fiquei com bastante medo de não conseguir chegar lá em cima. Depois desse desafio chegamos bem e o Canal estava por ultimo conquistado. Na descida encontramos bastante gente subindo e descendo. Às duas horas da tarde exatas cinco horas de caminhada chegamos na fazenda, paramos para comer aquele pastel e tomar aquela merecida cervejinha e uma coca cola bem gelado. Conheci dois novos amigos e parceiros de montanhas, vamos continuar essa parceria e nossa próxima trilha vai ser a Picada do Cristóvão/Trilha da Conceição. 2012 promete.



































 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Superagui um Paraiso



“Divulguem, mas não muito.” A recomendação, em tom de brincadeira, foi feita por uma turista aos jornalistas da Gazeta do Povo assim que desembarcamos na ilha de Superagui, no Litoral do Paraná. Algumas ho­­ras depois, percebe-se que a preocupação da mulher é em parte justificada. Nesse recanto de veraneio, o sossego é permanente. A ilha de 700 habitantes não costuma receber mais do que algumas dezenas de turistas por vez, que têm a sorte de aproveitar entre si uma área de 34 mil hectares – que forma o Parque Nacional do Superagui, considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.
Com isso, os turistas têm a sensação de estar em um lugar exclusivo, mas pagando preços que na maior parte das vezes são menores que os cobrados nas praias tradicionais do Paraná. O motivo dessa aparente incoerência é a distância do vilarejo em relação ao continente. Uma viagem em um barco de linha saindo de Paranaguá dura duas horas e meia. Existe a opção de fretar um barco estilo voadeira, diminuindo o tempo de travessia para uma hora. Porém a opção pesa no bolso. Enquanto o barco de linha cobra R$ 20 por trecho, as voadeiras custam entre R$ 150 e R$ 250. Outro motivo para a baixa procura é a infraestrutura de turismo, ainda acanhada. A ilha possui oito pousadas e quatro restaurantes. Todas as estruturas são simples, mas na maior parte delas há confortos como chuveiro quente e luz elétrica. Sinais de celular, porém, precisam ser “pescados” em alguns pontos da praia. O que acaba sendo uma vantagem, pois força o turista a se desconectar.PasseiosUm passeio fácil e recompensador é caminhar pela trilha que leva à praia deserta, distante três quilômetros do vilarejo. Cum­­prindo com a promessa, encontra-se uma paisagem litorânea em estado natural: apenas areia fina e água por quilômetros. Nada de sujeira, vendedores, trânsito ou som alto. Portanto, é indispensável levar água, protetor solar, remédios e brinquedos para as crianças.Não há um único automóvel na ilha, onde o barco é o veículo padrão. Trajetos por terra mais longos podem ser feitos fretando uma charrete. Na temporada, vários pescadores trabalham como guias, levando os visitantes de barco até outros pontos da ilha.Uma agradável surpresa é o restaurante Sabor do Mar, de propriedade da família de Dario Gomes Correa, de 62 anos. Ins­­talado no pé de uma floresta na Ilha das Peças e alcançável apenas por barco, é especializado em ostras, que são servidas temperadas com manteiga, queijo e cebolinha verde. Lá também é onde se produz a melhor cachaça de cataia da região. A bebida é produzida a partir de uma folha encontrada na parte norte da ilha, quase na divisa com o estado de São Paulo. Curtida na aguardente de cana, dá uma cor marrom carvalho e um sabor macio à cachaça. Por isso, é apelidada de whisky caiçara.No fim da tarde, um passeio bastante procurado é a observação dos papagaios-da-cara-roxa, que migram da Ilha das Peças para dormir em Superagui.

Os barqueiros costumam ancorar embaixo da rota dos pássaros. Vale muito a pena levar um binóculo para ver em detalhes a ave, que está ameaçada de extinção.Contato com a populaçãoEm Superagui, a hospitalidade do povo caiçara lembra as antigas confraternizações do interior. A simplicidade do serviço é compensada pela acolhida dos moradores, tanto os diretamente envolvidos no trabalho turístico quanto os pescadores, aposentados e crianças. Superagui é um lugar onde as portas ainda ficam abertas e as pessoas se cumprimentam efusivamente, conhecidas ou não. As pousadas não têm muitos quartos, o que permite ao visitante um contato mais direto com o proprietário. Em algumas, o café da manhã é servido na sala de jantar da casa do proprietário.Os moradores adoram contar histórias sobre a ilha. São causos que remontam desde a colonização, no século 19. Dentre os passeios culturais, um dos mais interessantes é visitar as curandeiras da ilha, que explicam as origens daquele conhecimento popular e mostram a forma como trabalham.
Há a linha tradicional: o barco faz três trajetos por semana, às segundas, quartas e sextas. O trajeto custa R$ 20. Sai de Superagui às 7 horas da manhã rumo a Paranaguá e retorna para a ilha às 14h30. Pode haver mais horários, conforme a demanda. Vale a pena consultar antes, pelo telefone (41) 3482-7131.
Há também a opção dos fretados: as voadeiras podem levar até seis pessoas por um preço que varia entre R$ 150 e R$ 250. O diferencial é o tempo menor de viagem (1 hora, ante 2h30 de barco convencional). Basta chegar até os trapiches em Paranaguá e perguntar pelas voadeiras. Uma pesquisa rápida entre os trapiches pode garantir uma boa pechincha.




Pousadas
São todas simples. Os preços variam bastante, entre R$ 50 a R$ 150 por pessoa. Vale a pena pesquisar por telefone antes de reservar. Todos os telefones da ilha são (41) 3482-71XX. Os números finais das pousadas são:
Pousada Nativos: 31
Pousada Costa Azul: 36
Pousada Estrela D’alva: 21
Pousada da Karla: 61
Pousada Superagui: 49
Pousada Sobre as Ondas: 18
Pousada Crepúsculo: 35
Pousada Magalmar: 15
Campings
Camping Tropical: 38
Camping do Codo: 66
Restaurantes
Casa Verde (em frente ao trapiche) - Peixes e camarão (Entre R$ 15 e R$ 30)
Sabor do Mar (Na Ilha das Peças. Acesso somente por barco) - Ostra, peixes e camarão (Entre R$ 25 e R$ 35)
Passeios
Vários, oferecidos por moradores. O grupo pode decidir o roteiro e a duração.
Entre R$ 15 e R$ 50 por pessoa.


Fonte: Gazeta do Povo