A trilha do Betari no Petar é
considerada a mais bonita da região, uma trilha de aproximadamente 8 km de ida
e volta que leva em torno de 6:30 para percorrer, isso entrando nas duas
cavernas e nas duas cachoeiras. Uma trilha moderada, que não requer muito
esforço para percorre-la, somente disposição. Fechar 2016 com uma trilha dessa
é uma honra, ainda mais com ótimos amigos.
O Petar é uma região que abriga diversas de cavernas, cachoeiras e morros, um lugar diferente e com certeza
difícil de esquecer. Dia 18 de dezembro foi a data marcada, fomos em 15 pessoas
e nos hospedamos na pousada da Diva que fica a 4 km da entrada do parque. Para
se ter acesso as trilhas e cavernas é obrigatório o uso de guias da região, e
através de algumas indicações e também pelo ótimo preço, combinei o passeio com
o Pedro Ernesto, guia respeitado da região, que faz um ótimo trabalho levando
diversos visitantes para toda parte do parque com total segurança.
Saímos de Curitiba 13:00h da tarde e
chegamos na pousada já era umas 18:00h. Enquanto a janta não saía, ficamos bem
à vontade em um “point” perto da pousada, conversando e lembrando de muitas
outras aventuras que aconteceu durante todo esse ano. Depois de jantarmos na
pousada da Diva, que aliás faz uma refeição muito saborosa, uns voltaram para o
bar e eu e minha esposa fomos descansar, pois ela levava consigo o Arthur, e
para não sobrecarregar o bom era descansar, pois o próximo dia prometia!
Dona Diva |
Acordamos bem cedo, cada um preparou
sua mochila com o que ia precisar e fomos tomar um bom café da manhã, logo ao
encerrarmos a estadia na pousada, a chave de um dos quartos em que estávamos
sumiu e dá-lhe procurarmos, mas foi em vão. O jeito era pagar a taxa da chave
perdida proposto pelo Jimo para não nos atrasarmos mais.
Tiramos mais algumas fotos e partimos
para o parque, estava bem preocupado em relação a quantidade de pessoas, pois
há um limite máximo e estávamos atrasados do horário combinado pelo guia.
Então, já fiquei pensando que não seria possível fazer a trilha, mas ao
chegarmos lá uma surpresa: ninguém no parque! Os nossos guias já estavam
esperando. Vale ressaltar que existe um limite de pessoas por guia, como
estávamos em 15 foi necessário irem dois guias conosco, mas nada que altere
valores. O Pedro Ernesto por motivos profissionais não pode ir, então
encaminhou dois dos seus, Sandro e Janaína, que prestaram um ótimo serviço.
Guias Janaína e Sandro |
Rio Betari |
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Começamos a trilha já era umas 9 da
manhã, nos equipamos com capacetes e lanternas para serem usadas dentro das
cavernas e começamos nossa caminhada. Dividimos em 2 grupos conforme orientação
dos guias. A trilha é tranquila e com alguns obstáculos naturais e trechos com
escadas e corrimão que ajuda muito quem não é acostumado com trilhas. Logo no
início encontramos o rio Betari, a trilha tem esse nome por causa do rio que
corta todo o vale do parque. Sua nascente começa na cidade de Apiaí e termina
na cidade de Iporanga –SP desaguando no rio Ribeira. Atravessamos por dentro do
rio, a água é bem gelada e cristalina, aconselho ir no verão, porém, em caso de
chuva a trilha é cancelada.
Caverna Água Suja
Depois de menos de um uma hora de
trilha chegamos à primeira caverna conhecida com Água Suja, que de suja não tem
nada. O percurso autorizado pelo parque para
essa caverna é em torno de 500 metros, mas ela tem mais de 1800 metros de
estação. Com várias estalactites e estalagmites a caverna Água Suja é toda
tomada por água cristalina e quase o tempo todo você fica com água até o joelho,
em alguns casos, até o peito. Com orientação dos guias pode ir sem medo, pois é
totalmente seguro. Dentro da caverna nosso guia Sandro fez algumas
brincadeiras, uma delas foi pegar duas pedras e bate-las uma na outra, gerando
faísca e depois todos juntos jogaram as pedras no chão aonde a água não cobre,
o que criou um efeito, gerando faísca ao entrar em atrito com as
pequenas pedras no chão. Foi algo mágico que só a natureza pode oferecer.
Passamos por alguns desafios bem legais, com passar engatinhando entre rochas e
andar por enormes salões. Um deles é o salão do golfinho, que tem esse nome por
causa da imagem do animal. No final uma bela e pequena cachoeira que muitos dos
meus amigos não deixaram de entrar. Depois de muitas fotos no interior da
caverna saímos felizes com o que vimos e maravilhados com tanta beleza.
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Cachoeira das Andorinhas
Depois de apreciar a caverna Água Suja, continuamos sentido a cachoeira das Andorinhas. Para se chegar lá é
preciso passar diversas vezes por dentro do rio, e não adianta pensar em tirar
a bota, aqui não tem isso, o jeito é passar e ficar o tempo todo com a bota
molhada, como na caverna. Não tem como escapar, tem que se molhar! A trilha até
a cachoeira é de aproximadamente mais uma hora de caminhada, a partir da Água
Suja. Ali a trilha já se torna mais desafiadora, sem muito apetrechos, com
pedras e galhos, mas nada difícil. Não se escala nada, somente precisa tomar
cuidado com animais e escorregões, o resto é só curtir. A vista da cachoeira é
linda, possui 35 metros de altura. Ela fica encravada no cânion bem no final da
trilha do Betari, existe uma piscina natural, mas é bom pegar orientações dos
guias e saber se há possibilidade de entrar nela para banho. Como a vazão da
água estava baixa conseguimos chegar bem próximo a ela.
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Cachoeira do Beija Flor
Depois de um lanche forte, fomos
conhecer rapidamente a cachoeira Beija Flor, com 45 metros de altura, fica a
menos de 5 minutos das Andorinhas. É uma cachoeira linda, porém cheia de pedras
muito lisas. Ficamos pouco tempo lá, tiramos algumas fotos, curtimos o visual e
algumas imprudências de uns que se arriscavam perigosamente e voltamos para a
trilha, nosso destino agora era a última caverna, conhecida como Cafezal.
Foto: Perla |
Foto: Perla |
Caverna Cafezal
A Caverna do Cafezal é única, seu
interior é totalmente seco e com galerias enormes. A trilha para se chegar lá é
voltando sentido a Água Suja, pegando à esquerda, em menos de 5 minutos já
encontra essa bela caverna. Dentro do seu interior é muito interessante! Há a
flor de aragonita, uma formação muito delicada que pode apenas ser observada,
pois a natureza demorou milhares e milhares de anos para construir. Seu
interior é extenso e é possível chegar até o final. Existem diversas regras
para se visitar essa caverna e todo cuidado é pouco, não pelo perigo, mas sim
pelas características da caverna, então é importante observar as orientações
dos guias.
Foto Perla: Flor de aragonita |
Fim do passeio
Depois de seis horas de caminhada,
sendo que minha esposa grávida do Arthur aguentou todo o percurso sem reclamar
nada, na verdade ela é bem acostumada. Chegamos no início de tudo, nos
despedimos dos guias Sandro e Janaína e fomos tomar um belo banho de rio nas
piscinas naturais do Petar. Ficamos esperando o nosso motorista que estava
descansando novamente na pousada onde perdemos a chave e, uma surpresa: quando
fomos nos trocar e guardar as mochilas dentro da van, a chave aparece do nada.
Provavelmente alguém saiu com a chave na mão e sem querer deixou a chave dentro
da van, um alívio, pois foi possível recuperar o dinheiro de volta e entregar
para o Jimo. Agora é voltar pra casa e ter mais histórias para contar.
Agradecimentos:
Meus grandes amigos:
Perla, Denise, Jimo, Fernanda,
Percio, Viviane, Francisco, Lucimara, Michele, Geni, Eduardo, Rubia, nosso
motorista Bob, meu filho Vinicius e minha esposa Antonia com muita garra vai
mostrar para o nosso Arthur o caminho do bem.
Um forte obrigado e que venha 2017!
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