Quatro dias em Bombinhas foi maravilhoso, visitemos
várias praias inclusive a minha preferida que é a Praia de Sepultura. Fizemos
algumas trilhas e curtimos muita praia. Mas agora o nosso destino é
Florianópolis e fazer uma nova trilha, Lagoinha do Leste. Reservei uma pousada na
praia de Campeche, a mais próxima possível que eu consegui da trilha,
combinei com vários amigos de Floripa para realizar conosco essa trilha, mas
somente o Evaldo pode ir. Acertei alguns detalhes também com a nossa parceira de
trilha a Viviane Canuta em ir conosco e ela não pensou duas vezes. Chegamos
em Florianópolis na quinta-feira bem depois do almoço, o clima estava quente,
mas já tinha uma previsão de chuva na sexta feira, dia da nossa trilha. Chegamos
na pousada que tinha reservado e um susto, ninguém na casa, alguns moradores da rua não souberam me informar se ali tinha realmente tinha uma pousada. Endereço certo,
número também, no site era exatamente a casa que estava bem na nossa frente.
Não é bem uma pousada, e sim uma casa de madeira. Ficamos bastante preocupados,
pois já imaginei sendo lesado, mas foi só um susto, logo no meu whatsapp tinha
uma mensagem dos proprietários informando que tivera que sair e que logo voltava.
Resolvemos então conhecer a praia que fica bem próximo a pousada. O mar estava
bem bravo, voltei para pegar algumas coisas no carro, foi então que os donos da
pousada apareceram.
O pessoal da pousada me pediu
desculpas e claro que aceitei numa boa. Não vi problema algum pois não
estávamos ali para apreciar e sim para dormir, pois no dia seguinte íamos
iniciar uma nova trilha. A pousada não era assim uma pousada, parecia mais um
hostel, tinha dois quartos, uma sala e um banheiro bem simples e os donos
moravam embaixo, me senti até confortável e a vontade. Local era tranquilo e sossegado, propício para quem quer descansar antes de uma longa
trilha. Eu e minha esposa fomos comprar alguma coisa para o lanche do dia
seguinte e também pão para o nosso café da tarde, pois estávamos com bastante
fome. No dia seguinte a previsão do tempo não tinha errado, começava a chover e
a ventar forte. Pelo whatsapp conversei com o Evaldo e a Viviane que estava em
Palhoça para acertar se realmente iriamos enfrentar chuva e vento na trilha.
Eles estavam dispostos a fazer a trilha de qualquer maneira, então, partimos
com o tempo assim mesmo.
Chegamos na praia do Matadeiro onde se inicia a trilha, a
chuva tinha dado uma leve trégua, mas o vento ainda soprava forte. Deixamos
carro e moto num estacionamento de rua nas proximidades e começamos a caminhar
direto para a trilha. No início passa-se por uma ponte e segue para a praia
do Matadeiro, um ponto de referência para quem quiser começar a trilha é deixar
o carro próximo a igrejinha do local, bem numa rua onde tem um modulo policial.
Existe estacionamento pago também. A ponte fica depois da vila dos pescadores, por essa ponte atravessa-se um rio para chegar até a praia do Matadeiro. Iniciamos nossa
trilha já passava das 9:30, logo chegamos a trilha da Lagoinha, no começo é fácil, poucos obstáculos e uma subida leve. Quando chegamos na primeira vista
da encosta, logo começou a chover, a chuva ainda era leve. A vista já nos
mostrava que a trilha era linda, o mar estava bem agitado, de longe avistamos
armadilhas para peixe e a praia do Matadeiro começava a ficar para trás.
Continuamos nossa trilha e logo a chuva começava a apertar e foi
assim até o final da nossa trilha. De longe avistamos um grupo de
jovens que também estava fazendo essa trilha, um deles carregava uma prancha
de surf.
Depois de uma hora e meia de trilha começamos a caminhar
sobre o costão, um visual lindo e muito vento. As ondas batiam nas pedras com
força, Evaldo nos contou que é possível chegar mais próximo da encosta e até
pescar, e nos contou também que é possível ver baleias nas proximidades. Continuamos nossa trilha embaixo de muita chuva e vento, tiramos
poucas fotos, pois era impossível usar a máquina naquele local. Logo avistei
uma gruta bem no costão, tem uma trilha que chega próximo, mas como estávamos com
nosso tempo curto e chuva apertando não quis nem pensar em chegar próximo.
Depois de duas horas de trilha avistamos a Praia da Lagoinha do Leste, uma
praia linda e deserta, cercado por um pedaço da mata Atlântica. Era possível
avistar algumas barracas, algumas pessoas, mas era bem pouca. A praia tem esse
nome justamente por causa de uma lagoa que fica próximo a margem da praia, O
local é ideal para que gostar se surfar.
Fizemos um lanche embaixo de uma pedra que segurava o vento e a chuva e
continuísmo a nossa caminhada. Começamos a descer o morro e a chuva começava a
ficar mais forte ainda, nós quatro já estávamos saturados de tanta água.
Para
chegar na praia é preciso descer um morro de uns 100 metros, chegamos na areia
da praia e ficamos em baixo de um quiosque e ali tomamos a decisão de não subir
o morro da Coroa que fica a mais de 200 metros de altura, pegamos a trilha que
vai para a praia do Pântano. Essa trilha já é mais curta, porém é de morro acima,
começamos a encontrar muitas pessoas na trilha que estavam indo até a Lagoinha,
uns com barracas outros com pranchas. A trilha é única e não tem como se
perder. O percurso da Lagoinha até o Pântano leva em torno de uma hora de
caminhada, num total de quatro horas de caminhada sem ir para o morro da Coroa.
Nosso destino agora era chegar até a estrada e pegar um ônibus até onde
deixamos nosso carro e moto. Logo avistamos a civilização e a estrada, paramos
num ponto de ônibus e esperamos uns 40 minutos para o próximo ônibus. Depois de
muita chuva, vento, trilha molhada e frio, chegamos no nosso carro. Dessa vez
nos hospedamos na casa do Evaldo, ele nos acolheu muito bem. Minha esposa
Antônia e nossa amiga Viviane estavam bem cansadas. No dia seguinte era voltar
para Curitiba e ficar lembrando dos bons momentos que Bombinhas e Florianópolis
nos proporcionaram. Dias que vão ficar na memoria para sempre.
Vídeo da trilha aqui
Praia do Matadeiro |
Praia do Matadeiro ao fundo |
A trilha começa aqui |
A gruta |
Praia da Lagoinha e o Morro da Coroa |
A lagoinha que da o nome a praia. |
2 comentários:
Muito legal seu relato, gostaria de saber qual trilha exigindo mais esforço fisico, a de zimbros completa ou da Lagoinha? Estou querendo fazer a de zimbros mas por conta da distância fiquei na dúvida.
Abraco!
Ola amigo, o zimbro requer bem menos esforço físico, por conta q a trilha é quase o tempo tempo no costão da praia, somente no final que tem uma descida até a Triste q vc vai pegar ela na volta, mas se vc seguir até a Vermelha ai vai pegar um trecho de subida. Mas é bem menor q a da lagoinha
abraço
Postar um comentário