Domingo 13/10/2024, quinto dia
Acordei mais tarde hoje, as 06:40, pois iria pegar o barco para a Ilha do Cardoso somente as 10:00 horas da manhã. Ao acordar ouvi um barulhinho de pingos de chuva, “vixe”, se chover vai ser um dia daqueles, mas que nada foram só uns pingos. Então, levantei, tomei meu café e comecei a arrumar minhas coisas, pois estava ansioso para começar Ilha do Cardoso. As 09:00 horas mochila nas costas me despedi do seu Teodoro e fui para o deque de embarque. Ao chegar, fiquei apreciando a movimentação de pessoas e barcos até dar meu horário de partir e finalmente 10:00 horas, já me chamaram para embarcar (paguei 40 reais o barco, mas o normal e 50 reais por pessoa). E lá fui eu em direção à Ilha, passamos próximo da praia dos Golfinhos que faz parte da Ilha Comprida e eles estavam lá, os golfinhos se exibindo na sua caça diária atrás do seu alimento, incríveis estes animais.
Em 30 minutos chegamos na praia do Pereirinha, desembarcamos na desembocadura do rio Itacuruçá, pois a maré estava alta e não podemos desembarcar na praia. Desembarcamos e já vieram ao nosso encontro os monitores do parque, explicaram sobre a reserva e os lugares de passeio e deixaram a cada um decidir o que fazer, eu já fui logo para o cadastramento para visitar o museu e mirante que ali existe (30 reais para visitar). Umas duas horas de visita entre o museu e mirante. Quem nos acompanhou foi a Letícia, uma jovem caiçara muito profissional e com uma elegância passava os sentimentos e as histórias do passado da ilha e sua família, recomendo pegar ela como condutora. Mas aqui tive um probleminha, não pude marcar o costão existente para sair na praia de Camboriú, pois é uma área intangível e proibida até segunda ordem, então fui a procura de um barco, seu Wagner dono do restaurante Itacuruçá entrou em contato com o Lucas que mora em Camboriú e que viria me buscar, porém estava cobrando 300 reais , quase morri, mas consegui chegar em 200 reais e as 15 horas veio me buscar, mas antes me servi de um prato tradicional a base de peixe no restaurante para variar meu cardápio a base de farinhas, hehehe.
Letícia monitora ambiental |
Estava eu conversando com seu Daniel Fernandes, um caiçara de idade avançada, que estava sentado na frente de sua casa, que prosa com aquele senhor, me contou altas histórias dos seus antepassados e também explicou que na comunidade Pereirinha fica o museu e na comunidade Itacuruçá fica a praia e o restaurante, para os turistas é tudo Pereirinha, mas para eles, caiçaras, são comunidades distintas. Mas logo vieram me chamar, pois Lucas tinha chegado e lá fomos nós em direção à praia de Camboriú, na metade do caminho estávamos passando em frente a Ilha do Bom Abrigo e o Lucas do nada perguntou se eu queria conhecer, aceitei na hora, nossa que presente. Chegamos naquela pequena enseada com o barco, que luxo de lugar, mas não perdi tempo subi até o farol tirei umas fotos e desci correndo, pois estava tarde. Embarcamos novamente e fomos embora, ao chegar na praia de Camboriú, o avô do Lucas já estava aguardando para ir revistar as redes armadas, eu desembarquei e fui direto para a pequena pousada que ele construiu, deixei minha mochila no canto e já fui esquentar uma água para o chimarrão e corri para praia ver o entardecer e alimentar os borrachudos, hehehe.
seu Daniel Fernandes |
Ilha do Bom Abrigo |
Que espetáculo aquela praia oval, simples e encantadora, não tenho palavras para descreve-la, me apaixonei por aquela praia. O sol estava se pondo e eles estavam voltando da vistoria das redes, pegaram três grandes peixes de uma média de 10 kg cada, estavam felizes. Então conversei um pouco com eles enquanto tomava meu chimarrão e logo escureceu, eles se retiraram e eu permaneci na praia, pois queria aproveitar e ver a lua que estava quase cheia e espalhava luz sobre a praia e os costões rochosos, fiquei ali deitado sobre uma rocha por mais ou menos uma hora apreciando tudo aquilo, espetáculo único daquele lugar! A vontade era de dormir ali, me retirei para a casa, então armei a primeira parte da minha barraca sobre uma cama de casal existente no quarto, a barraca serviu de mosquiteiro, pois tinha pernilongos à beça. Dormi como um anjo, a dias sem dormir numa cama. E lá foi o quinto dia com muitas aventuras. Deus muito obrigado!
Se você estará, eu estarei sempre...
Continue... (clique para o dia seguinte)